foto live inauguração digitallab ufg 15 de maio de 2021

Digital Lab UFG é inaugurado com palestra do Prof. Mário Moutinho (Portugal)

Visitas em 360º, objetos em segunda e terceira dimensão e ações museais digitais são algumas das ações do Digital Lab UFG

Por Jéssica Bazzo e Filipe Barbosa

Dia 15 de maio de 2021, foi realizada ao vivo pelo canal oficial da Universidade Federal de Goiás (UFG) no YouTube a inauguração do Digital LAB/UFG. Como evento principal, a inauguração contou com palestra ministrada pelo professor Dr. Mário Caneca de Magalhães Moutinho, referência internacional no campo da Museologia Social, intitulada Os museus e a Sociomuseologia. Em seu discurso de abertura, o idealizador e coordenador do Digital LAB, professor Dr. Pablo Fabião Lisboa, leu um manifesto, à maneira das “vanguardas artísticas modernistas”, e apresentou os desafios, valores e a essência do Laboratório.

foto live inauguração digitallab ufg 15 de maio de 2021

 

A solenidade de abertura contou ainda com participações e pronunciamentos do reitor da UFG, professor Dr. Edward Madureira Brasil, da pró-reitora adjunta de extensão e cultura desta Universidade, professora Dra. Flávia Maria Cruvinel, e da diretora da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), professora Dra. Izabela Maria Tamaso, além do diretor do Museu Antropológico da UFG, professor Dr. Manuel Ferreira Lima Filho, e da diretora do Centro de Memória e Cultura do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, Laylla Nayanne Dias Lopes Vilarinho, representantes das primeiras instituições parceiras do Digital LAB.

Na ocasião, refletindo sobre o caráter colaborativo do Laboratório, favorecido pelas atuais possibilidades tecnológicas, o reitor da UFG aproveitou para falar sobre o Programa de Mobilidade Virtual em Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Promover Ifes), promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), da qual ele é presidente, com o palestrante do evento – que é também reitor, desde 2007, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), em Portugal.

Apresentando o projeto, Edward Madureira destacou que, com o Promover, o estudante de uma Instituição Federal de Ensino Superior (Ifes) pode cursar até três disciplinas em outra universidade federal do país, de forma remota e sem custos. O Programa, que se iniciou com quatro instituições, expandiu-se e hoje já conta com 12 Universidades, 2 mil disciplinas e 10 mil vagas. Conforme o reitor da UFG, o próximo objetivo é englobar as 69 universidades federais do Brasil, e ofertar ainda mais disciplinas e vagas. “A gente iniciou, paralelamente a isso, a oferta de disciplinas e conteúdos internacionais, quem sabe podemos ter a ambição de integrar cada vez mais as nossas universidades? A língua nos favorece muito e a nossa predisposição para trabalhar em conjunto. Acredito que essa integração terá um impacto extraordinário na formação de nossos estudantes, mas também na possibilidade de cooperação em outros campos, como pesquisa, extensão e cultura. Não há limites para integrar instituições que queiram avançar na formação e na promoção do conhecimento”, conclui.

Seguindo a programação, passou-se à palestra do professor Mário Moutinho, considerado o fundador da corrente ou disciplina da Sociomuseologia. Em sua aula inaugural, além de trazer aos ouvintes os avanços da Museologia Social e da Sociomuseologia, Moutinho destacou os principais representantes dessa linha de pensamento e enfatizou que muitos deles estão no Brasil. A partir de slides, Moutinho trouxe alguns autores importantes para a construção da Museologia Social, tais como: Alma Wittlin (Áustria), Hugues de Varine (França), Pierre Mayrand (Canadá), Per Uno Agren (Suécia) e V. H. Bedekar (Índia).

Finalizando, o professor Moutinho deixou algumas provocações construtivas ao Digital LAB, a fim de colaborar com a reflexão sobre qual é, para além do compromisso com a Ciência e os museus, a missão social e cultural do Laboratório.

Encerrando a programação, o coordenador do Digital LAB/UFG falou sobre a proposta de atuação, agradeceu a parceiros, apresentou o site do Laboratório e a programação de 2021 do projeto de lives Diálogos Digitais. O professor Pablo destacou que, em função do distanciamento social, a maioria dos museus estão carentes de recursos tecnológicos para estabelecer os diálogos sociais necessários. E, em tal contexto, desafiador para as instituições museais: “O Digital LAB entra com a expertise, as técnicas e as tecnologias para produzir tours 360º, escaneamentos 2D e 3D, visando o cumprimento da missão dos museus e da universidade”.

Avaliando o evento, e repercutindo as provocações deixadas pelo professor Moutinho, o coordenador enfatizou que o diálogo do Digital LAB já nasceu com muita participação e que a live de inauguração deste 15 de maio mostrou o quão diverso e inclusivo pode ser um projeto quando se tem vontade e se trabalha intensamente. Celebrando as primeiras parcerias do Laboratório, coloca ele que: “Os vínculos estabelecidos com a Secretaria de Cultura de Goiânia, Museu Antropológico da UFG e Centro de Memória e Cultura do poder judiciário goiano representam a força e capilaridade desta iniciativa. Acredito que até o final do ano tenhamos efetivado relações institucionais com boa parte dos espaços museais da capital, visando projetos e ações digitais nos temas do patrimônio cultural”.

O coordenador do Digital LAB destaca ainda outra dinâmica que trará muita participação ao Laboratório, que é a parceria com escolas de Ensino Médio, por meio das coordenações de estágio da Faculdade de História e da Faculdade de Artes Visuais da UFG.

Sobre a atuação do Digital LAB/UFG, o professor Pablo destaca que o Laboratório é um instrumento de apoio a museus e assemelhados, por cumprir com a agenda de divulgação e de promoção de experiências cibernéticas no âmbito do patrimônio cultural, artístico e científico, com atenção à diversidade. “O pensamento crítico acompanha a produção de extensão, ensino e pesquisa da universidade brasileira e o Digital LAB prosseguirá com essa prerrogativa em suas ações. A partir da identificação de que os museus são hoje aparelhos complexos, a diversidade cultural se torna uma temática que deve acompanhar de maneira transversal todas as ações do Laboratório, como forma de garantir que todas e todos possam ser representados”, conclui.

Entre representantes da gestão superior da UFG e instituições parceiras, profissionais das áreas de Museologia, Ciências Sociais, Comunicação e História, estudantes, docentes e técnicos da Universidade, a inauguração do Digital LAB já foi assistida, durante o final de semana, por mais de 600 pessoas.

 

O Digital Lab UFG

O Digital LAB é um Laboratório 100% digital, com atuação no ensino, pesquisa e extensão universitária, que desenvolve parcerias com instituições museais e assemelhados, oferece serviços digitais para os públicos de escolas e da sociedade em geral, disponibilizando exposições em 360º (tour virtual), apresentação de imagens e escaneamento de obras de arte, artefatos e vestimentas em 2D e 3D.

O projeto conta com apoio de docentes, discentes e técnicos da UFG e parceiros de outras instituições do país e do mundo.

 

Programe-se e participe dos próximos eventos:

Lançamento da visita virtual à Exposição Redes, Saberes e Ocupações: 50 Anos do MA/UFG

Na próxima sexta-feira, 21, às 19h30, acontece, com transmissão pelo canal do Museu Antropológico (MA) da UFG no YouTube, o lançamento da visita virtual à Exposição Redes, Saberes e Ocupações: 50 Anos do MA/UFG, uma parceria entre o MA/UFG e o Digital LAB, que viabilizou o Tour 360º como uma possibilidade digital de aproveitar a Exposição, que marca as cinco décadas de existência do Museu Antropológico da UFG.

 

Lives Diálogos Digitais

Diálogos Digitais é a série de lives do Digital LAB UFG, que contará com transmissão e produção dos canais UFG Oficial e Faculdade de Ciências Sociais UFG no YouTube.

No projeto, pesquisadores, professores e profissionais atuantes no campo da Museologia e suas intersecções com a Arte, as Artes Cênicas, o Design, a Comunicação e Informação, a História e as Ciências Sociais, realizarão palestras sobre temas variados, relacionando questões importantes para o campo à contemporaneidade do fenômeno digital.

O primeiro encontro está marcado para o próximo dia 05 de junho, às 11h, e tem por tema o “Aumento da Experiência Museológica dos adolescentes através de narrativas e jogos”, palestra da professora doutora em Digital Media, pela Universidade do Porto (Portugal), e pós-doutoranda junto ao projeto MEMEX, Vanessa Cesário.

Acompanhe o calendário completo das lives previstas para 2021 nos Diálogos Digitais: https://digitallab.ufg.br/p/38030-dialogos-digitais-lives

Fonte: Digital LAB

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